SONHOS II

Eu já tentei escrever de várias maneiras, mas a verdade é uma e única, eu tenho que abrir mão do meu sonho, pois ele não é possível…

Depois de ter escrito aquele texto sobre nunca desistir dos sonhos, até me sinto mal pensando nisso, mas é assim. Não tem jeito.

Pra começar, prefiro falar de como esse sonho surgiu e depois porquê ele vai morrer.

Eu me apaixonei pela psicologia quando fiquei deprimida, ela parecia linda . Mas mais logo eu percebi que na verdade eu não me apaixonei pela psicologia, mas sim pela psicanálise ou psicologia clínica. O facto de pensar que poderia entender como a mente humana funciona e através disso ajudar as pessoas a tratar distúrbios mentais como por exemplo as fobias, me deixava maravilhada, completamente fascinada. Eu só queria ou quero ajudar as pessoas a verem a luz e se livrarem desses males, Tal como eu fui ajudada, só que no meu caso era apenas depressão mesmo. E esse sonho não é possível por vários motivos, como por exemplo o facto dos meus familiares não me apoiarem por terem convicções negativas sobre o mesmo. O facto de não existir ( de acordo com as minhas pesquisas) nenhuma faculdade aqui com esse curso e as únicas que achei estarem fora do País, tornando tudo muito difícil ou praticamente impossível, o facto de eu nunca ter estudado biologia, que é a disciplina onde se aprende um pouco de tudo sobre os seres vivos, então mesmo se existisse uma faculdade aqui eu não entraria por isso. O facto de não haver mercado de emprego para o curso e não ser possível criar seu próprio emprego.

Eu as vezes queria que tudo fosse como nos filmes, onde sempre começa tudo normal, depois fica difícil e no final fica tudo bem, porque assim pelo menos eu teria certeza que no meu filme eu terminaria sorrindo.

De todas as profissões que já me imaginei tendo, está é aque me deixaria mais feliz, só de imaginar poder ajudar alguém a se livrar de coisas que não fazem bem, me deixa alegre. Agora imagina se eu fizesse, aí eu morreria de alegria.

Mas pra não prolongar isso e não transformar num daqueles textos chatos que só deprimem, eu vou parar por aqui… Quando eu estiver com a esperança reabastecida, eu venho e edito.